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A morte de Cristo na quarta-feira

  • Foto do escritor: Adilson Goubeti
    Adilson Goubeti
  • 21 de nov. de 2023
  • 13 min de leitura


Em que dia Cristo morreu?

Parece simples a resposta, não é? Morreu na sexta-feira santa e ressuscitou no domingo de pascoa. 

A tradição diz que a crucificação de Jesus aconteceu numa sexta-feira e que passado os três dias ressuscitou no domingo.

Sim, o domingo que nós chamamos de domingo de páscoa.

Mas será mesmo que ele morreu numa sexta-feira e ressuscitou no domingo como diz a tradição?

Para responder melhor a essa pergunta precisamos ir pra Bíblia, a palavra de Deus, e entender todo o contexto da época e para quem originalmente foi escrito o relato da morte e ressurreição de Cristo.


Antes de morrer Jesus respondeu aos fariseus e mestre da lei que lhes pediam um sinal de que era o messias assim: “Ele respondeu: “Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! Mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas.  Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra” Mateus 12:39-40 (Jn 1:17). Não podemos aumentar, nem diminuir a Palavra de Deus, se Cristo falou que o sinal de sua messianidade era ficar no coração da terra, em outras traduções diz no seio da terra, ele ficaria todo esse tempo, e se Jesus não cumprisse esse sinal, então com razão ele seria rejeitado pelos judeus.


A princípio devemos ter em mente que em Israel os dias começam ao pôr do sol, o que seria por volta das 18 h aproximadamente para nós no Brasil.


Perceba que não dá 3 dias e 3 noites se acreditarmos que Cristo morreu na sexta-feira e ressuscitou no domingo, mas muitos teólogos vão tentar explicar utilizando-se de argumentos que qualquer parte do dia ou da noite conta como um dia ou uma noite, assim eles dizem que alguns minutos finais da tarde sexta-feira foi o primeiro dia, todo dia de sábado foi o segundo dia e os primeiros minutos da manhã de domingo teria sido o terceiro dia, mas isso não seria nem um pouco do sinal do profeta Jonas que ficou 3 dias e 3 noites no ventre da baleia.


Note que os próprios apóstolos de Cristo testificam posteriormente sobre o período em que ele ficou no seio da terra, Pedro afirma que Cristo realmente só ressuscitou ao terceiro dia “A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse” (Atos 10:40), e como não bastasse Paulo também confirma que Jesus ressuscitou no terceiro dia “Porquanto, o que primeiramente vos transmiti foi o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, conforme as Escrituras” (I Corintios 15:3-4).


Veja, se Cristo morreu em uma sexta feira como dizem, os três dias e três noites daria apenas na segunda-feira e não no domingo como afirmam.


Para resolver esse mistério leia em Lucas 24 que diz assim: “No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres levaram ao sepulcro as especiarias que haviam preparado. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente, dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?  Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galileia: “É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia”.



Em Lucas 24 lemos que já no primeiro dia da semana bem de madrugada, ou mesmo nas primeiras horas do dia, as mulheres que seguiam Jesus foram ao sepulcro levar as especiarias que tinham preparado e acharam a pedra removida, e ao entrarem não encontraram o corpo, em seguida aparece dois anjos e um deles pergunta para elas “Por que procuram entre os mortos aquele que vive? ”


Este relato não diz que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana, mas que bem de madrugada ele já havia ressuscitado, o segundo problema é que a páscoa não era originalmente num domingo, a tradição religiosa foi quem inseriu a páscoa no domingo.


Em João 19:14 diz assim: “ Era o dia da preparação na semana da Páscoa, por volta das seis horas da manhã” (NVI) vemos que era um dia de preparação para a páscoa, não para o sábado semanal, a páscoa judaica poderia cair em qualquer dia da semana. E mais adiante nos versículos 30 e 31 relata assim “Tendo-o provado, Jesus disse: Está consumado! Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito. Era o Dia da Preparação e o dia seguinte seria um sábado especialmente sagrado. Como não queria que os corpos permanecessem na cruz durante o sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e retirar os corpos” (NVI).


Veja que no versículo 31 fala de um sábado especialmente sagrado, em outras traduções um sábado especial, um grande sábado ou seja, um feriado nacional instituído por Deus narrado em Levitico 23, este dia poderia cair em qualquer dia da semana. Jesus morreu no dia 14 de Abibe e este dia era “o dia de preparação” para o grande feriado, como os judeus dizem era o shabbat hagadol, o grande šhabbāt que começava no pôr do sol até o outro dia ao pôr do sol.



Em Levitico 23:2-7 diz assim: “² Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades: ³ Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações.

⁴ Estas são as solenidades do Senhor, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado: ⁵ No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor.⁶ E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias comereis pães ázimos. ⁷ No primeiro dia tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; ” (ACF).


Veja que além do sábado semanal descrito no versículo 3 como santa convocação para o descanso havia também as solenidades do Senhor, as santas convocações em tempo determinado, onde havia as festas solenes e nestes dias ninguém trabalhava, seria semelhante aos nossos feriados nacionais, e a primeira festa, a dos pães asmos, era feita no primeiro mês do ano judaico conforme Êxodo 34:18 que diz “ A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado do mês de Abibe; porque no mês de Abibe saíste do Egito”


Voltando em Lucas 23:44-46 encontramos o seguinte relato “Era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona, pois o sol se escurecera; e rasgou-se ao meio o véu do santuário. Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou” (ARA).


Lendo esse mesmo relato na Nova Versão Internacional da Bíblia verá que a hora nona corresponde às 3 h da tarde, e foi enterrado antes do pôr do sol, porque no dia seguinte seria festas dos pães asmos e seria proibido fazer qualquer esforço ou trabalho neste dia, ou seja, Cristo foi colocado no sepulcro antes do pôr do sol do dia 14, porque depois do pôr do sol começava o shabbat hagadol, o grande sábado ou o sábado especial.



Sabendo que o dia para os judeus se inicia no pôr do sol, por volta das 6 h da tarde e que as mulheres foram ao sepulcro nas primeiras horas do domingo e Cristo já estava ressurreto, podemos concluir que Cristo ressuscitou antes do pôr do sol de sábado, pois foi a mesma hora que ele foi colocado no sepulcro de Jose de Arimateia por seus discípulos, e como o sinal de Jonas, voltando 3 dias e 3 noites chegamos a quarta-feira dia 14 de abibe.


Em Lucas 23:55 aos 56 diz assim “E as mulheres que tinham vindo com ele da Galileia, seguindo a Jose, viram o sepulcro e como foi posto o seu corpo e voltando elas prepararam especiarias e unguentos e no sábado repousaram conforme o mandamento” agora leia Marcos 16:1 diz “E, passado o sábado Maria Madalena e Maria mãe de Tiago compraram aromas para irem ungi-lo”, veja o grifo passado o sábado, viu a contradição da cronologia entre Marcos e Lucas? Um parece que está dizendo que elas prepararam antes do Sábado, outro diz que foi depois, mas será que isso é mesmo uma contradição?


Ora, a menos que houvesse dois sábados, veja: Marcos nos diz que depois daquele grande dia de sábado, que começou no pôr do sol da quarta-feira e terminou no pôr do sol da quinta-feira às mulheres compraram especiarias para ungir o corpo de Jesus, já Lucas nos diz que as mulheres prepararam as especiarias, atividade que teria ocorrido na sexta-feira, e que depois, no sábado Semanal comum elas repousaram conforme o mandamento. Percebam como haviam dois sábados? Basta estudar o tempo das festas do Senhor; E como pode ver, Jesus não morreu na sexta-feira e sim numa quarta-feira.


O mito criado em torno do dia da morte de Cristo ser numa sexta-feira se deu devido a uma má tradução para o português do termo “sábado” no texto de Mateus 28:1 veja: “E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro”.


Neste versículo, o que lemos como “sábado” foi traduzido a partir do termo hebraico Shabbaton, que é uma forma plural da palavra sábado, significando “sábados” e não sábado no singular.


São sábados, e não só um sábado, porque o dia seguinte à Páscoa é o dia da Festas dos Paes Asmos, que também é chamado de sábado por ser dia consagrado ao Senhor no qual não se podia trabalhar.


Como podemos ler em João 19:31 para o “sábado” do dia de Paes Asmos é usado o termo “shabbat hagadol” que significa “sábado dos grandes” e no original grego está registrado como “megale sabbatou”, ou seja, um grande, mega sábado, não sendo o sétimo dia, mas justamente um dia de descanso (shabbat) durante os dias da semana, ou seja, parecido com os nossos feriados nacionais.


Se você quiser acompanhar a cronologia da última semana de Cristo na terra e calcular o dia da semana de sua morte, leia:

  • Quinta-feira, dia 08 de Abibe = João 12:1 (6 dias antes da páscoa em Betânia)

  • Sexta-feira, dia 09 de Abibe = Marcos 11:7-10 (em Jerusalém)

  • Sábado, dia 10 de Abibe = Marcos 11:11 (volta para Betânia)

  • Domingo, dia 11 de Abibe = Marcos 11:12 (saiu de Betânia)

  • Segunda-feira dia 12 de Abibe = Mateus 26:1-2 (prediz morte em 2 dias)

  • Terça-feira, dia 13 de Abibe = Mateus 26:17-18 (preparação da páscoa e ceia)

  • Quarta-feira, dia 14 de Abibe = João 19:31 (páscoa e crucificação)


Entenda agora a sequência entre a morte e a ressureição.


Cristo foi sepultado aproximadamente por volta das 17:30 da quarta feira, ou seja, antes do pôr do sol, quando deu o mesmo horário na quinta-feira, o shabbat hagadol, o grande sábado, o feriado nacional da festa dos pães asmos, completou-se 1 noite e 1 dia, na sexta feira no mesmo horário, 2 noites e 2 dias, e no sábado antes do pôr do sol no mesmo horário 3 noites e 3 dias, como ele mesmo disse a respeito de si.


Note que em nenhum lugar da bíblia é dito que Jesus morreu numa sexta-feira, nem que ressuscitou no domingo, e dizer que Cristo morreu numa sexta-feira e ressuscitou no domingo são conclusões precipitadas de uma leitura inclusiva, que leva em conta a tradição, desconsiderando para quem foi escrito e o contexto histórico envolvente.


A Festa dos Pães Asmos era uma festa judaica diretamente ligada à Páscoa que comemorava a saída apressada dos israelitas do Egito e as dificuldades associadas ao êxodo. Na verdade, a celebração da Festa dos Pães Asmos seguia imediatamente à páscoa, e eram indissociáveis, ocorria todos os anos no dia 14 de abibe e poderia cair em qualquer dia da semana.


E a chave do grande mistério está em entender o termo hebraico shabbat hagadol, o grande sábado, que foi dia 15 de abibe que era como um feriado nacional, referente ao primeiro dia da festa de pães asmos que duravam 7 dias.


Na semana da morte de Cristo como vimos, a crucificação e morte caiu na quarta-feira, o dia seguinte foi o shabbat hagadol, o grande sábado (feriado/festa dos pães asmos) que caiu em uma quinta feira, ou seja, para os judeus naquela semana houve dois sábados como dito em Mateus 28:1.


E mesmo com toda essa explicação tem gente que não aceita que Cristo ressuscitou no sábado ao ler o relato dos discípulos de Emaus em que diz assim: “Iam, desconsolados, falando dos acontecimentos recentes que envolviam a morte e ressurreição de Jesus, quando disse: "E nós esperávamos que fosse Ele que remisse Israel, mas agora, sobre tudo isso, hoje já é o terceiro dia que estas coisas aconteceram..." (Luc. 24:21).


Embora o versículo que citamos seja usado geralmente para fundamentar a crença de que Jesus ressuscitou no domingo, isso não o confirma, pois, o discípulo não disse: "... hoje é o terceiro dia depois da crucificação e morte de Jesus..."Ele disse assim: "...hoje é o terceiro dia que estas coisas aconteceram...


Aparentemente os homens estavam falando de outras coisas além da crucificação e morte de Jesus, porque lemos no verso 14: "E iam falando entre si de todas aquelas coisas que tinham acontecido...


Veja como foi traduzido outras versões da Bíblia:

  • “São agora três dias desde que estas coisas ocorreram..." (El Nuevo Testamento del Siglo Veinte)

  • "E eis aqui, três dias tem passado desde que todas estas coisas ocorreram..." (Versão Peshito Siríaca). Obs. Esta versão é considerada a mais antiga do mundo, antes mesmo que qualquer texto grego conhecido pelo homem.

  • "...Hoje são três dias desde que todas estas coisas aconteceram..." (The Curetonian Syriac) outro antigo manuscrito.

Nenhuma destas conceituadíssimas versões, dizem que aquele "domingo" fosse o terceiro dia, mas que já haviam se passado três dias, o que, sem dúvida, muda a situação.


Veja que os discípulos estavam comentando outras coisas a respeito de Cristo e não o dia em si, mas que no terceiro dia as mulheres foram ao sepulcro, agora leia novamente e reflita:

“E nós pensávamos que ele era o Cristo que vinha para resgatar Israel! Além disto que aconteceu há três dias, umas mulheres do nosso grupo de seus discípulos foram de manhã cedo ao túmulo, onde ele foi colocado, e regressaram com a notícia de que o seu corpo desaparecera e de que tinham visto lá uns anjos que lhes disseram que Jesus se encontrava vivo!  Alguns dos nossos homens foram a correr ver o que se teria passado e não há dúvida de que o corpo de Jesus desapareceu, tal como as mulheres contaram” (OL).


Outros defendem a ressurreição no domingo com base no texto de Marcos 16:9 que diz assim:  “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. ”



Originalmente os textos bíblicos foram escritos em uma época que não tinha regras de pontuação, ou seja, não tinha acento, ponto ou virgula.


A versão Almeida Século XXI traz a seguinte tradução: “Depois de ressuscitar, cedo no primeiro dia da semana, Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios”


E no original a tradução literal está assim: Tendo ressuscitado além disso cedo primeiro sábado apareceu primeiro a Maria Madalena de quem expulsou sete demônios...Veja a tradução interlinear.



Ἀναστὰς δὲ πρωῒ πρώτῃ σαββάτου ἐφάνη πρῶτον Μαρίᾳ τῇ Μαγδαληνῇ, ⸀παρ’ ἧς ἐκβεβλήκει ἑπτὰ δαιμόνια’


 Perceba que as traduções omitiram a conjunção δὲ que significa “além disso”, “porem”, ou seja, uma conjunção adversativa, que tem a função além de ligar duas sentenças coordenadas a de firmar uma divergência de sentido da segunda sentença em relação à primeira. Isso deixa claro que o autor, ao invés de estar afirmando que a ressurreição ocorrera em “cedo primeiro sábado”, está, na verdade negando isso, e ao mesmo tempo afirmando que esse momento se refere ao evento da aparição. Em outras palavras, na primeira parte de Marcos 16:9, está afirmando que Jesus ressuscitou, porém ou além disso, estando ressurreto, no primeiro dia após o sábado, apareceu a Maria Madalena de quem expulsara sete demônios. Note que o primeiro dia após o sábado, pois era assim que os judeus chamavam o domingo, se refere ao seu aparecimento e não ao dia de sua ressurreição.


Esses equívocos de tradução acontecem, em parte, porque a pontuação nos textos bíblicos, é atribuída ao arcebispo de Langton, lá no século XIII. Assim quando o texto foi escrito originalmente, não continha nenhuma pontuação, por isso o sentido correto deve ser entendido pelo contexto.


A Nova Versão Internacional omite a conjunção “porém” ou “além disso” mas coloca a primeira vírgula no lugar certo, e mas erra na segunda virgula dando um sentido dubio ao texto.


“Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena de quem havia expulsado sete demônios”


O autor Marcos está apenas relatando que após Cristo ressuscitar, o Senhor na manhã do primeiro dia da semana teve um encontro com Maria Madalena, harmonizando com os demais evangelistas Mateus (Mt 28:1-6) e Lucas (Lc 24:1-10) e com a narrativa mais detalhada de João 20:1-18 que tem a seguinte sequência: Na manhã bem cedo ainda escuro do primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, e ao ver a pedra removida correu avisar aos discípulos, Pedro e João vão imediatamente e confirmam a informação, mas não veem a Cristo, por isso, os discípulos voltaram para casa. Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro chorando. Ela ficou ali sozinha, até que Cristo se apresentou a ela.



Sem os pressupostos da tradição ao lermos Mateus 28:1 encontramos o momento exato da ressurreição de Cristo, a versão Almeida Revista e Corrigida diz assim: “E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ao sepulcro. E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e se sentou-se sobre ela”; Veja o grifo nosso “no fim do sábado” ou seja, o sábado não havia terminado, estava terminando, o momento era antes do sol se pôr, poderíamos traduzir por “Findando-se o sábado” e não “Passado o sábado” ou “Depois do sábado” como algumas outras traduções o fazem. Neste momento houve um grande terremoto, foi o momento que o anjo remove a pedra e Jesus sai do sepulcro vivo e ressurreto.


Não existe nos evangelhos uma sequência para os acontecimentos narrados neles, a Bíblia quando menciona datas, faz com base nos eventos importantes, pois os escritores não dispunham de um sistema de datas, como temos no mundo ocidental, os fatos narrados por um evangelista são feitos de maneiras diferentes com mais ou menos detalhes pois o que mais importava não era a data, nem o lugar que Jesus esteve e onde fez algo, e sim o que ele efetivamente fez. Sabendo disso, o fruto deste estudo foi no sentido de ordenar os fatos e mostrar que os evangelhos se harmonizam quando entendemos o contexto, confirmando o sinal do profeta Jonas que Cristo estaria no seio da terra três dias e três noites, assim sendo Cristo morreu entre dois sábados, um cerimonial e o outro semanal, foi crucificado em uma quarta feira dia 14 de abibe, morreu por volta das 3 horas da tarde e foi sepultado no mesmo dia antes do pôr do sol, ficou os três dias preditos e ressuscitou após 72 horas, antes do pôr do sol de sábado do dia 17 de abibe da nossa era Cristã.           




“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” I Cor. 5:7.


Cristo é a nossa pascoa como diz Paulo em I Corintios 5:7, pois no dia anterior a sua morte ele comeu a páscoa com seus discípulos e instituiu a ceia para lembrarmos da nova aliança firmada em seu sangue pela sua morte, a morte do cordeiro de Deus que morreu exatamente no dia e hora que Deus institui esse cerimonial aos israelitas como sombra do que de fato havia de vir.


Enfim, o mais importante mesmo, é crermos que Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou, mas não podemos nos deixar enganar por tradições que nos levam a outros vários erros, como a sexta-feira santa, domingo de páscoa, guarda do domingo como dia de descanso, etc.


Por isso investigue a Bíblia, estude-a cuidadosamente, de modo que esteja pessoalmente convencido de que interpretou corretamente a Palavra de Deus.


Há uma grande bênção em conhecer a verdade.


Disse Jesus: "...E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará..." (João 8:32)



 
 
 

1 Comment


Sheila Petenuci
Sheila Petenuci
Nov 22, 2023

Parabéns Adilson. Texto muito bem explicado.

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